Artrose: por que o diagnóstico precoce da doença é tão importante?

A artrose é uma das principais causas de prejuízo na qualidade de vida das pessoas. Quem já viveu crises de dor sabe o quanto ela pode limitar a vida e as atividades cotidianas e a artrose é uma das grandes vilãs nesses casos.

Perder a liberdade de ir e vir, de realizar suas atividades diárias, as alterações do humor, ganho de peso e problemas metabólicos causados pela falta de atividade física, são só alguns dos prejuízos causados em função das dores que a artrose impõe.

A boa notícia é que com a ajuda de um bom especialista, acompanhamento com a medicação adequada, cuidados e um  trabalho multidisciplinar, consegue-se  intervir e melhorar a qualidade de vida do paciente,  devolvendo-lhe  liberdade e habilidade para funções antes limitadas e até mesmo já extintas de seu dia a dia. Quanto antes o diagnóstico melhor, entenda um pouco mais sobre a doença:

Afinal, o que é artrose?
Para começar, muita gente tem dúvidas sobre o que é a artrose e acaba confundindo com a artrite, pois elas são doenças muito comuns e que comprometem muito a qualidade de vida do paciente. “Elas apresentam sintomas muito semelhantes e podem, em alguns casos fazer parte do quadro clínico do mesmo paciente. Entretanto, existem algumas características particulares de cada uma delas”, explica o Dr. Samuel Lopes,  médico ortopedista, especialista em cirurgias do joelho e trauma do esporte.

A artrose é a forma mais comum da artrite. É um processo de desgaste das articulações, em que ocorre uma degeneração progressiva da cartilagem que recobre as extremidades ósseas, podendo ser descrita também como osteoartrite ou osteoartrose. Daí vem um pouco das dúvidas sobre a correta denominação da doença pelos pacientes.

Como dito, a artrose se caracteriza pela degeneração progressiva da articulação e pode evoluir para deformidades e comprometimento da função. Ela é muito comum nos joelhos, mas também ocorre nas mãos, coluna e quadris.

O processo de degeneração é inerente ao envelhecimento e acima dos 65 espera-se encontrar sinais de artrose na maioria das pessoas, em especial as mulheres, que são mais acometidas pelos quadros degenerativos nas articulações. Naqueles acima de 75 anos, estima-se uma prevalência de mais de 80%.

Mas o que causa a artrose?
O Dr. Samuel Lopes explica: “Existem dois tipos principais: as artroses primárias ou idiopáticas, que são aquelas que não tem uma causa definida. Pode até existir alguns fatores que contribuem para a artrose, mas, no geral, não associamos a origem da artrose à algum problema específico. E existem as artroses secundárias, que estão associadas a alguma doença, seja a artrite reumatoide, a artrite psoriásica, ou um histórico de traumas e fraturas, que podem desencadear o processo de degeneração e o desgaste da articulação”.

O Dr. Samuel Lopes ressalta que na artrose, existe um caráter inflamatório na gênese da doença, mas fatores como o excesso de peso, hereditariedade e lesões prévias no joelho, também podem estar relacionadas ao seu aparecimento.

Importância do acompanhamento médico
De acordo com o médico ortopedista, o diagnóstico precoce possibilitará um tratamento melhor e controle da doença e seus sintomas desde cedo, o que fará muita diferença na vida do paciente, amenizando as possíveis limitações que a doença possa vir a causar. Esse diagnóstico por ser obtido nos cuidados preventivos que todos devem ter com a saúde.

Quais os sintomas da doença?
A dor é o principal sintoma da artrose do joelho e em geral é o que leva o paciente a procurar o ortopedista. Além da dor pode-se observar deformidades do joelho, limitações do movimento e comprometimento da marcha e das atividades cotidianas.

O tratamento tem por objetivo aliviar a dor e restabelecer a função da articulação acometida, bem como a qualidade de vida. O paciente passa por avaliação especializada com o ortopedista, acompanhado de um fisioterapeuta, um educador físico e outros profissionais como o médico da dor, em casos específicos.

Como a artrose é tratada?
O tratamento inicia-se pela mudança de estilo de vida com a realização de atividade física regular e a busca pelo peso adequado. Também é necessário que o paciente receba orientações para realização de atividades diárias cotidianas, pois elas também são importantes e impactam no controle da dor.

O tratamento medicamentoso faz parte do arsenal utilizado. Medicamentos analgésicos são muitas vezes necessários e devem ser usadas sob orientação médica. O uso de anti-inflamatórios não-esteroidais deve ser evitado, em especial por período prolongado, uma vez que traz inúmeros malefícios e riscos à saúde do paciente.

Naqueles pacientes em que a artrose gera limitações e dor importantes e não há resposta ao tratamento clínico, opta-se por uma intervenção cirúrgica, a colocação de prótese no joelho.

Neste procedimento realiza-se a substituição da superfície articular do joelho, removendo a cartilagem desgastada por componentes metálicos. Para sua realização é fundamental uma avaliação ortopédica adequada por um cirurgião de joelho e deve haver uma boa interação médico-paciente.

fonte: Webrun
imagem: twenty20photos, de envatoelements



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