A infecção periprotética é uma condição de difícil diagnóstico e tratamento, mas cada vez mais prevalente na prática médica. Com o envelhecimento da população e o aumento no número de indivíduos com próteses articulares, é importante que o clínico esteja atento à possibilidade de infecção quando pertinente.
Várias definições para infecção periprotética já foram emitidas por diversas sociedades internacionais ao longo dos anos, sem que nenhuma fosse universalmente aceita. Após revisão da literatura e discussão interna, a Sociedade Europeia de Infecção Óssea e Articular (EBJIS), apoiada pela Sociedade de Infecção Musculoesquelética (MSIS) e o Grupo de Estudos de Infecções Associadas a Implantes (ESGIAI) da Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID), lançou suas definições no final de 2020.
Os autores destacam que não existem testes capazes de excluir definitivamente a presença de infecção, o que torna uma definição clara de “infectado” e “não infectado” impossível. Ao invés disso, o grupo propõe uma definição em 3 níveis: infecção improvável, infecção provável e infecção comprovada. A classificação em cada nível é baseada no conjunto de achados clínicos, laboratoriais, radiológicos, microbiológicos e histopatológicos.
fonte: PebMed, escrita por Isabel Cristina Melo Mendes
imagem: claudioventrella, de envatoelements